Preocupada com os dados negativos da economia, como a nova retração da indústria, a presidente Dilma Rousseff decidiu atuar diretamente em duas frentes para evitar que a recuperação econômica prevista para o segundo semestre seja abortada.

A primeira iniciativa foi assumir pessoalmente as articulações para desarmar as "bombas fiscais" do Congresso, um conjunto de projetos que aumentariam demasiadamente os gastos públicos.

A segunda foi dar início à montagem de programas de aumento de investimento em aeroportos, portos, rodovias, ferrovias e energia.

Dilma esteve anteontem com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e, ontem à noite, com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). O tema das reuniões foi a necessidade de frear o andamento das "bombas" no Congresso.

As articulações já surtiram efeito. Ontem, líderes governistas anunciaram que retiraram as "bombas" da pauta de votações e decidiram votar só medidas provisórias antes do recesso, que começa no dia 18 de julho.

Para desfazer o clima de insatisfação no Congresso, Dilma orientou sua equipe a atender pleitos dos congressistas. A ideia é liberar cerca de R$ 4,5 milhões por parlamentar até o fim desta semana, último prazo para liberação antes das eleições.

Aos aliados, Dilma tem dito que, num período de crise, a União e os Estados não podem assumir novas despesas. Segundo ela, não é possível bancar todos os pedidos de aumento salarial do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público.

As outras "bombas fiscais" em tramitação são a criação do piso salarial para agentes de saúde, a redução da jornada de trabalho de enfermeiros e a meta de uso de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em educação.
Publicado em 04/07/2012
Fonte: Site Folha de São Paulo

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